29 de maio de 2009

Portugal importa de Espanha Energia de origem nuclear desde 1971

Portugal assinou um acordo com Espanha no ano de 1971 no dia 14 de Janeiro (Decreto-Lei n.º118/71). O acordo consiste na importação de energia nuclear de Espanha para Portugal, mas com a contrapartida Portugal terá de exportar para a Espanha urânio.
ARTIGO III
A cooperação a ser prestada nos termos do presente Acordo poderá estender-se
aos seguintes campos:

2. Aproveitamento de recursos materiais, designadamente no que se refere a:
c) Fornecimento de minérios radioactivos e afins e seus concentrados.

3. Aplicações da energia nuclear para fins pacíficos, incluindo:
b) Estudo de empreendimentos industriais de interesse comum na exploração e valorização de minérios de urânio, elementos combustíveis, tratamento de combustíveis irradiados, etc., assim como no domínio das centrais nucleares;
e) Fornecimento de materiais de interesse para as aplicações pacíficas da energia nuclear e de radioisótopos.

ARTIGO VIII
1 - a) As Partes Contratantes poderão ceder uma à outra ou a pessoas estabelecidas em seus territórios, devidamente autorizadas pela Junta espanhola ou pela Junta portuguesa - sob condições comerciais -, licenças ou sublicenças de patentes de sua propriedade, ou sobre as quais tenham o direito de conceder licenças e sublicenças, e cujo objecto diga respeito ao campo de aplicação do presente Acordo.
b) Fica excluída do presente Acordo a concessão de licenças ou sublicenças de patentes ou de licenças recebidas de terceiros em condições que proíbam tal concessão.

ARTIGO X
1. As Partes Contratantes obrigam-se a garantir que:
a) Os materiais ou equipamentos obtidos em virtude do presente Acordo, assim
como as matérias-primas ou nucleares especiais provenientes da utilização de
quaisquer materiais ou equipamentos assim obtidos, só serão usados com o fim de
promover ou desenvolver as utilizações pacíficas da energia nuclear, e não para fins
militares;
ARTIGO XIV
2. Na eventualidade de denúncia do presente Acordo, os contratos concluídos no
âmbito da sua aplicação continuarão em vigor durante toda a duração dos períodos
para os quais foram estabelecidos, salvo decisão em contrário das Partes
Contratantes.
Em fé do que os representantes do Governo Português e do Governo Espanhol,
devidamente autorizados, assinaram o presente Acordo.
Feito em Lisboa, no dia 14 de Janeiro de 1971, em quatro exemplares, dois em
português e dois em espanhol, fazendo igualmente fé os ditos textos.
Pelo Governo Português:
Rui Manuel de Medeiros d'Espiney Patrício.
Pelo Governo Espanhol:
Gimenez-Arnau.
Podemos finalizar que este documento tem como fim ir de encontro com muitas das nossas dúvidas. Pois pode ser este esclarecedor mais próximo do porque das centrais nucleares de Espanha se encontrem na fronteira e por que de á algum tempo a trás se ter falo em reabrir as minas Portuguesas.

Fusão a Frio


O termo Fusão a Frio foi utilizado pela primeira vez em 1989. Este nome foi atribuído não pela comunidade científica mas sim pelos meios de comunicação, numa tentativa de encontrar um nome apelativo que chamasse a atenção das pessoas. O verdadeiro nome deste fenómeno é "Reacção Nuclear de Baixa Energia" ou LENR (Low Energy Nuclear Reaction).
Foi nesse ano que os cientistas Stanley Pons e Martin Fleischmann anunciaram ao mundo a descoberta deste fenómeno. Este anúncio provocou um grande alvoroço na comunidade, pois caso se confirmasse a sua veracidade a descoberta iria certamente mudar o mundo. Mais tarde e sobretudo devido ao facto de na altura não terem conseguido reproduzir a experiência, a sua ideia foi afastada e ambos os cientistas desacreditados.
Hoje em dia já é possível reproduzir a experiência de 1989 com meios mais sofisticados e comprovar que realmente há um aumento de calor durante a reacção. Este aspecto foi atribuído a um erro experimental quando apresentado por Pons e Fleischamnn, mas hoje em dia, principalmente devido ao elevado número de reproduções bem sucedidas deste processo, já se descartou a hipótese de um simples erros experimental. Porém os cientistas não têm ainda explicação para o fenómeno, não sabendo se é de facto uma reacção de fusão ou outro tipo de reacção ainda desconhecido
A experiência consiste basicamente na electrólise de “água pesada” com recurso a um cátodo de Paládio. A reacção de fusão é conhecida como reacção D-D (Deutério-Deutério). Esta reacção tem como produtos átomos de Hélio e libertação de energia.
Para mais informações sobre este tema podem visitar o sítio http://www.lenr-canr.org/ onde podem encontrar uma vasta biblioteca de documentos relativos a este assunto

17 de maio de 2009

Portugal nuclear: sim ou não?

Como todos estão a investigar a possibilidade de utilização da energia nuclear, sugiro a visualização do programa Biosfera de 27 de Fevereiro.