28 de janeiro de 2009

Água Invisível?



O que à primeira vista parece magia trata-se apenas de física pura. O aquário não está vazio, mas sim cheio com um gás incolor e mais denso que o ar. Sendo este gás mais denso não se mistura com o ar atmosférico e também não escapa, podendo assim ser mantido em recipientes abertos. Como o gás é mais denso que o ar também a sua força de impulsão para um mesmo objecto é mais intensa de que a exercida pelo ar. Sendo a impulsão mais intensa, o gás pode equilibrar mais facilmente o peso dos objectos nele colocados, fazendo com que estes flutuem. Para este fim foi também utilizado um "barco" de papel de alumínio, um material muito leve. Assim foi possível utilizar um objecto não só muito leve como também com uma área de superfície bastante razoável que faz com que seja fácil equilibrar o seu peso, tornando a resultante das forças que actuam sobre ele nula e fazendo com que flutue.

24 de janeiro de 2009

Antárctida mais quente meio grau


O último relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática, órgão da ONU) dizia ver sinais claros de aquecimento causado pela acção humana em todos os continentes do Mundo, "excepto na Antárctida".
Mas, pelos vistos, o aquecimento da Antárctida é generalizado, até mesmo mais rápido do que o previsto, segundo investigadores Norte-americanos, Antárctida já não é uma excepção à regra, isto é, ao aquecimento global; estudos até agora realizados levaram a concluir que o continente está a arrefecer. A maioria das estações climáticas da Antárctida estão situadas no litoral do continente, o que faz com que os estudos realizados não sejam 100% fiáveis, o que dificulta também a obtenção de informação do pólo sul.
O efeito do aquecimento é mais acentuado na Antárctida ocidental, sendo que de há 50 anos para cá aqueceu meio grau; assim, fez com que a sua média em relação ao mundo fosse ligeiramente abaixo. O aquecimento mundial nos últimos 50 anos foi de 0,6 grau. Ler mais aqui.

22 de janeiro de 2009

A outra face de Newton


É já ao longo dos já 282 anos que se seguiram à morte e consequente imortalização de Sir Isaac Newton, que a sociedade científica e cultural, bem como o resto do mundo, se tem habituado a homenagear e a estudar os feitos de Newton, mas somente pelas suas revoluções no âmbito da matemática e da física.
O que não seria de esperar era que esta séria e convencional personalidade da Física, segundo tem sido apurado no âmbito do “Newton Project”, se terá dedicado nos seus últimos anos de vida a uma ciência menos mediática, a alquimia, e a uma tentativa contínua de interpretação das profecias da Bíblia. Contam-se já milhões de palavras que Newton terá escrito sobre alquimia e teologia, baseando o seu trabalho na busca do essencial de uma tradição secreta de sabedoria, que remontava às origens da história humana e que, por exemplo, já havia formulado a lei do quadrado inverso da distância.
Mas o que mais controvérsia tem causado é a postura religiosa que Newton terá adoptado no que respeita à revelação de Deus segundo a Bíblia, aceitando por exemplo a criação do Mundo em 6 dias. Na verdade, Newton acusava a Igreja Católica de ter forjado os textos sagrados da Bíblia e acreditava num Deus dominador da Bíblia que de vez em quando intervinha ora para ajustar as órbitas de um qualquer planeta ora para evitar uma crise cometária.
Tal como milhões de Protestantes do século XVII, Newton acreditava que a História humana estava desenhada para um fim coincidente com a Segunda Vinda de Cristo; que o Papa era o Anticristo previsto pelo Apocalipse joanino, a incarnação de Satanás num derradeiro e fútil esforço para perturbar os planos de Deus; que os judeus regressariam a Jerusalém e se tornariam cristãos. Isaac calculara, aliás, o regresso de Cristo e o consequente Apocalipse para o final do século XXI, nunca antes de 2060.
Os manuscritos teológicos e alquímicos de Newton, à luz da crítica histórica em curso, permitem antever um homem brilhante e intuitivo, persistente nas suas convicções mais profundas, mas também receoso de uma eventual publicitação dos seus sentimentos e convicções mais ocultas. Ler mais aqui.

21 de janeiro de 2009

Energia escura


Há cerca de 11 anos, em 1998, alguns astrofísicos descobriram que a luz emitida pelas supernovas mais distantes da Terra era mais fraca do que o esperada. Isto levou-os à conclusão de que o Universo estava numa expansão mais acelerada. Esta expansão poderia ser explicada devido à existência de "energia escura".
Segundo alguns estudos, crê-se que a energia está estruturalmente ligada ao Universo, ou seja, mesmo que o Universo fosse um espaço vazio, sem matéria e radiação, a energia continuaria a existir.
Por outro lado, alguns astrofísicos acreditam que a energia escura é como um "quinto elemento", assim como a terra, a água, o ar e o fogo. Eles acreditam que a energia negra é a responsável pelo afastamento dos planetas e seus satélites do centro da esfera celeste.

O maior desafio para qualquer uma das teorias da energia escura é saber a quantidade de matéria envolvida, não pode ser matéria a mais pois iria interferir com a formação de estrelas e de galáxias, mas tem de ser suficiente para ser sentida por nós.

Resumindo e concluindo, a "dark energy" é a justificação mais evidente para a aceleração da expansão do Universo.

Para ver o crescimento acelerado do Universo e da matéria negra :
http://www.sciencedaily.com/images/2006/11/061116132026.jpg
http://www.lip.pt/~outreach/posters/9112020_3_pt.jpg

17 de janeiro de 2009

Galileu observou as manchas solares


No Verão de 1612, Galileu fez uma série de observações das manchas solares, que publicou em Istoria e Dimostrazioni Intorno Alle Macchie Solar, de 1613, que pode ser «folheado» em Rare Books Room. Como estas observações foram feitas aproximadamente à mesma hora, é possível perceber o movimento das manchas solares na superfície do Sol. Os esquemas podem ser observados a partir da folha 33. A animação seguinte é baseada nesses esquemas

Poeira de Estrelas


Quando morrem, as estrelas produzem poeiras cósmicas ricas em carbono e oxigénio. A formação destas poeiras foi agora observada, pela primeira vez, à volta de uma estrela moribunda.

Os cientistas, da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, liderados pelo astrónomo Greg Sloan, basearam-se em observações com o telescópio espacial da NASA Spitzer.

Esta observação abre um novo debate sobre as origens da poeira cósmica. A notícia foi publicada na edição de Janeiro da revista Science.

Ler mais aqui.

13 de janeiro de 2009

O ano “mais branco” do Sol


O Sol passou o ano sem apresentar manchas, um recorde desde 1913. Estaremos a caminho de uma nova «Idade do Gelo»?
O Sol atravessa um inquietante período de acalmia, pois já há três anos que o Sol demonstra não estar em constante mutação, isto é, com pequenas erupções e manchas. Apenas no mês de Novembro o Sol reactivou as suas mutações, embora mínimas, mas mostrou tal acontecimento. Para os cientistas, para já tudo se encaixa no normal ciclo de uma estrela, neste caso a que aquece a Terra. O Sol apresenta ciclos de actividade com uma periodicidade média de onze anos, período que pode variar entre nove e catorze anos, pelo que se constatou que poderá estar a começar um novo ciclo solar.

O seu ciclo está a durar mais tempo do que o que se observa nas outras estrelas, mas para os Físicos solares que analisam diariamente esses períodos solares desde há séculos, ainda não se encontra numa fase crítica: o mínimo mais prolongado de que se tem registo é o Mínimo de Maunder (1645-1715), que durou 70 anos, período que coincidiu com uma Pequena Idade do Gelo; como consequência, houve Invernos extraordinariamente duros no Hemisfério Norte, mas onde se sentiu mais foi na Europa. Por razões desconhecidas, o ciclo de manchas voltou no início do século XVIII e continuou com um ciclo de 11 anos.
Os Físicos não compreendem o que motivou o Mínimo de Maunder ou como influenciou tal no clima da terra, mas há receio de que um período semelhante esteja a ocorrer.
Um estudo realizado em 1997, por investigadores dinamarqueses, revela que aumentar a capa de nuvens significa bloquear a quantidade de raios solares, como o topo das nuvens reflecte a luz do sol, a Terra arrefecia.
Para mais informações sobre este assunto consultem aqui.

4 de janeiro de 2009

Máquina do mundo

E para começar o novo ano, mais um poema de António Gedeão: Máquina do mundo

O Universo é feito essencialmente de coisa nenhuma.
Intervalos, distâncias, buracos, porosidade etérea.
Espaço vazio, em suma.
O resto, é a matéria.

Daí, que este arrepio,
este chamá-lo e tê-lo, erguê-lo e defrontá-lo,
esta fresta de nada aberta no vazio,
deve ser um intervalo.

António Gedeão, in Máquina de Fogo. Coimbra: Atlântida, 1961.

3 de janeiro de 2009

Carlos Fiolhais e os Gato Fedorento

No programa de passagem de ano da SIC, o Professor Carlos Fiolhais, Professor Catedrático no Departamento de Física da Universidade de Coimbra, colaborou com os Gato Fedorento. Os Físicos também têm sentido de humor...

1 de janeiro de 2009

2009 - Ano Internacional da Astronomia

A International Astronomical Union e a UNESCO declararam 2009 como o Ano Internacional da Astronomia com o tema «The Universe, yours to discover», que a Sociedade Portuguesa de Astronomia traduziu para «Descobre o teu Universo». Comemoram-se deste modo os 400 anos das primeiras observações de Galileu com telescópio. Estão previstas várias actividades a nível nacional e internacional.

Esperam-se muitas contribuições de todos os interessados no tema (Diogo, João Vítor, Tiago e não só).

E em jeito de homenagem a Galileu (em português do Brasil):


É possível folhear o primeiro livro de Galileu, Sidereus Nuncius (1610).

Não deixem também de ler/rever o Poema para Galileu do nosso poeta maior António Gedeão.