22 de janeiro de 2009

A outra face de Newton


É já ao longo dos já 282 anos que se seguiram à morte e consequente imortalização de Sir Isaac Newton, que a sociedade científica e cultural, bem como o resto do mundo, se tem habituado a homenagear e a estudar os feitos de Newton, mas somente pelas suas revoluções no âmbito da matemática e da física.
O que não seria de esperar era que esta séria e convencional personalidade da Física, segundo tem sido apurado no âmbito do “Newton Project”, se terá dedicado nos seus últimos anos de vida a uma ciência menos mediática, a alquimia, e a uma tentativa contínua de interpretação das profecias da Bíblia. Contam-se já milhões de palavras que Newton terá escrito sobre alquimia e teologia, baseando o seu trabalho na busca do essencial de uma tradição secreta de sabedoria, que remontava às origens da história humana e que, por exemplo, já havia formulado a lei do quadrado inverso da distância.
Mas o que mais controvérsia tem causado é a postura religiosa que Newton terá adoptado no que respeita à revelação de Deus segundo a Bíblia, aceitando por exemplo a criação do Mundo em 6 dias. Na verdade, Newton acusava a Igreja Católica de ter forjado os textos sagrados da Bíblia e acreditava num Deus dominador da Bíblia que de vez em quando intervinha ora para ajustar as órbitas de um qualquer planeta ora para evitar uma crise cometária.
Tal como milhões de Protestantes do século XVII, Newton acreditava que a História humana estava desenhada para um fim coincidente com a Segunda Vinda de Cristo; que o Papa era o Anticristo previsto pelo Apocalipse joanino, a incarnação de Satanás num derradeiro e fútil esforço para perturbar os planos de Deus; que os judeus regressariam a Jerusalém e se tornariam cristãos. Isaac calculara, aliás, o regresso de Cristo e o consequente Apocalipse para o final do século XXI, nunca antes de 2060.
Os manuscritos teológicos e alquímicos de Newton, à luz da crítica histórica em curso, permitem antever um homem brilhante e intuitivo, persistente nas suas convicções mais profundas, mas também receoso de uma eventual publicitação dos seus sentimentos e convicções mais ocultas. Ler mais aqui.

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