30 de outubro de 2009

Hélio vs Hexafluoreto de enxofre



Todos já ouvimos dizer que quando se inala hélio (gás utilizado em balões para que estes flutuem no ar), a nossa voz fica bastante mais aguda, sendo o resultado dessa experiência bastante cómico. Com o hexafluoreto de enxofre acontece algo semelhante, mas em vez de mais aguda, a nossa voz torna-se mais grave.

Para entender o porquê desta reacção, é necessário saber como funciona a produção de sons na traqueia, laringe e cordas vocais. A voz humana é originada quando um fluxo de ar atravessa a traqueia e sofre modulações de pressão no momento em que passa entre as cordas vocais que estão em vibração na laringe. Assim, dependendo das cordas vocais, os sons terão frequências específicas.

O hélio é um gás bastante menos denso do que o ar o que faz com que a velocidade do som nesse gás seja superior, fazendo com que os sons produzidos na garganta, ao ressoarem nas cavidades de ressonância existentes no aparelho vocal, sofram um aumento de frequência. Este aumento de frequência nos sons emitidos por uma pessoa ao falar é aquilo que é normalmente designado de voz mais aguda.

No caso do hexafluoreto de enxofre, dá-se o caso contrário, os sons produzidos propagam-se mais lentamente, o que faz com que haja uma diminuição da frequência dos sons produzidos nas cavidades de ressonância. Isto resulta numa voz mais grave.

Ambas as experiências são desaconselhadas devido ao perigo de problemas respiratórios e de desmaiar.

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